Para evitar doenças respiratórias, comuns nessa época do ano, o animal deve ser acompanhado por um médico veterinário para vacinação e aplicação de vermífugo
No outono, é comum as mudanças bruscas na temperatura com o clima frio e seco, principalmente durante a noite. O ambiente se torna propício para gripe e outras doenças respiratórias nesse período, inclusive nos animais. Para quem tem cavalos, em dias chuvosos e de vento, a atenção deve ser redobrada com os abrigos e horários de banhos. Para garantir o bom manejo dos equinos, outras recomendações devem ser seguidas, como alimentação balanceada, higiene e vacinação.
O médico veterinário, doutor e coordenador do curso de Medicina Veterinária da faculdade Anhanguera, Thiago Bastos, destaca que devem ser evitados banhos no período noturno e é fundamental secar bem a pelagem do animal, pois os choques térmicos podem gerar consequências graves para sua saúde. “Em dias frios e chuvosos, os banhos devem ser mais criteriosos, pois o cavalo não deve passar a noite molhado ou úmido. Isso pode permitir o surgimento de fungos na pele, por exemplo. Se o banho for realmente necessário, recomenda-se lavar apenas as patas e a barriga”, detalha o especialista.
Outra preocupação é a influenza equina e o garrotilho, que são doenças respiratórias altamente contagiosas. Os sintomas são tosse, dispneia (dificuldade respiratória) e presença de secreção nasal, além de febre, o que deixa os animais abatidos e sem apetite. O garrotilho é uma infecção causada pela bactéria Streptococcus equi e atinge outros nódulos do organismo do animal, causando abscessos (pus) em outras regiões como pulmões, fígado, baço até no cérebro. Já a influenza é uma doença viral, sem tratamento específico e com vários graus de severidade, desde branda até alta gravidade).
A vacinação periódica é a principal medida de prevenção, porém, devido à alta capacidade de mutação do vírus da influenza, a vacina pode ter sua eficácia reduzida, o que não ocorre com o garrotilho. Para o controle das enfermidades, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) preconiza o isolamento dos animais acometidos e a restrição do trânsito de equinos. O especialista alerta que, para o animal tomar o imunizante, deve estar livre de parasitas, por isso é preciso fazer a vermifugação periódica. A orientação é que o cavalo seja acompanhado por um médico veterinário para que sinalize todos os procedimentos necessários para o seu bem-estar.
O médico veterinário explica que assim como acontecem nas outras espécies de animais domésticos, a alimentação do cavalo será de acordo com a fase da vida, variando em relação à quantidade e peso. Os nutrientes necessários para todos os equinos são: água, proteína, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais. O médico veterinário acrescenta que há outros alimentos classificados como: volumosos (pasto, capim cortado, feno e silagem), concentrados (grãos e ração) e suplementos. “Uma dieta equilibrada vai manter pelos brilhantes, hidratados e boa condição corporal durante toda a vida”, pontua o docente Thiago Bastos.