Em Goiás, só esse ano foram abertas quase 3 mil empresas que trabalham neste setor
Bolsas, sapatos, calças, vestidos, acessórios de todo tipo e para todos os bolsos. A moda anda cada vez mais democrática e talvez por isso o segmento não pare de crescer. Crescimento que movimenta e aquece a economia de Goiás, que hoje conta com 72.239 empresas abertas com atuação ligada à indústria da moda e ao comércio varejista ou atacadista de roupas e acessórios, é o que apontam os dados da Junta Comercial do Estado de Goiás (JUCEG). Já são quase 3 mil (2.985) a mais que em 2022.
E não é de hoje que o setor da moda se destaca em Goiás. Ainda segundo a JUCEG, de 2021 para cá, o número de negócios de moda aumentou 19% no estado. O que se vê por aqui reflete uma tendência nacional. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o varejo de roupas é o que mais cresce. E o ano passado encerrou com um volume de vendas estimado em 8,7% maior que o registrado em 2021.
Além disso, o setor é o que conta com o maior número de pequenos negócios, segundo um levantamento de 2021, do Sebrae. Gente que dá os primeiros passos ainda pequeno, mas que sonha grande, como histórias das empresárias Liane Coelho e Letícia Coelho, que começaram como “sacoleiras” lá em 2012, e hoje, comandam uma marca com lojas físicas em Goiás e no Tocantins e com revenda nos estados do Pará, Bahia, Amapá e Maranhão. A marca das empresárias já emprega 30 colaboradores diretamente na produção de roupas, fora os terceirizados.
Recentemente a marca LILĒE foi homenageada pelo Dia da Indústria, representando o setor do vestuário. Rosana acredita que o “setor merece reconhecimento, tendo em vista uma classe com mão de obra pouco valorizada, e que a costureira faz grande diferença na cadeia de uma marca”.
Letícia ressalta que o crescimento da empresa vai acelerar. “Até o final do ano a gente espera alcançar mais estados do Brasil”, conta. E nesse ritmo, ninguém duvida que isso realmente aconteça. Para Liane, o sucesso é fruto da paixão que a família tem pelo mundo da moda. “A gente se encantou pelo segmento do vestuário muito cedo, por causa da minha mãe, que trabalhou com confecção por 17 anos, e nossa bagagem de 10 anos de varejo, nos faz ter outra visão de marca”, lembra.
Mesmo no tempo da pandemia, o setor se reinventou, adotou o e-commerce como ferramenta essencial para vendas e deu um salto: agora já é o maior em faturamento global online, com vendas anuais que ultrapassam os US$ 525 bilhões, segundo a Revista Exame. Com números tão positivos, fica fácil de entender porque o ramo atrai tantos empreendedores.