“Equipe 1” de especialistas da Scot Consultoria, também visitou um confinamento referência em rastreamento de bovinos provenientes de áreas desmatadas

O Confina Brasil embarcou em mais uma jornada, durante a qual visitou sete confinamentos no estado do Pará, com o objetivo de compreender os sistemas agropecuários intensivos. Durante as visitas, os especialistas observaram um sistema de rastreabilidade, estratégias de confinamento que visam otimizar recursos e extensas áreas de infraestrutura. Cada visita ofereceu percepções sobre as complexidades e oportunidades presentes na pecuária brasileira.

Sob a liderança de Paulo Veloso, a Fazenda Pontal, que pertence ao Grupo Veloso, localizada em Curianópolis (PA), usa o confinamento como estratégia na criação dos bovinos, que são terminados e recriados a pasto durante boa parte do ano, com o intuito de maximizar o valor nutricional das pastagens, otimizando os recursos naturais. Já no período de seca, os gestores optam pela adoção do confinamento como uma ferramenta para a terminação e sequestro, visando a máxima produtividade destes animais, garantindo que suas necessidades nutricionais e hídricas sejam atendidas de maneira eficaz durante todo o ciclo produtivo.

“A Fazenda Pontal realiza a recria, terminação dos bovinos e promove a prática de sequestro dos bezerros. Essa abordagem contribui para uma maior eficiência na utilização dos recursos da propriedade, buscando a maior produtividade do sistema”, diz Jayne Costa, zootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria.

Modelo de rastreabilidade bovina

O Confinamento JP, localizado em Rio Maria (PA), emerge como um exemplo notável na pauta sustentabilidade. O sistema de rastreabilidade individual, desde a compra de animais para reposição até a engorda dos bovinos, torna-se o alicerce de suas operações voltadas para sistemas sustentáveis de produção. “Este sistema começa na fase de reposição, onde a aquisição de animais requer que os fornecedores tenham áreas legalizadas, livres de desmatamento”, comenta Jayne.

Esse critério se reflete no selo de rastreabilidade que posteriormente acompanha cada animal, permitindo que as áreas de origem sejam identificadas. O uso de brincos de rastreabilidade personalizados, contendo as iniciais do proprietário, é um componente-chave desse processo. Isso permite a rápida identificação da origem de cada animal, possibilitando a recuperação de informações detalhadas sobre cada fazenda. “Isso não apenas garante uma cadeia de produção sustentável, mas também incentiva a preservação ambiental, diminuindo o desmatamento em prol de práticas mais responsáveis”, completa a especialista.

Localizado na cidade de Água Azul do Norte (PA), o Confinamento Santo Expedito também trabalha com rastreabilidade e sustentabilidade. A empresa reconhece a importância de acompanhar o ciclo de vida dos animais desde a sua origem até o abate, garantindo a qualidade e a segurança dos produtos. Isso se reflete na busca por animais provenientes de propriedades regularizadas junto ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), que destaca a preocupação com a origem dos bovinos e suas áreas de proveniência, promovendo a transparência e a conformidade ambiental.

Investimento em infraestrutura

A Fazenda Umuarama, localizada em Canaã dos Carajás (PA), se destaca por sua infraestrutura. A propriedade de 30 mil hectares conta com dois confinamentos. O “Confinamento 1” é voltado para a terminação dos animais, enquanto o “Confinamento 2” para a recria intensiva.

O diferencial na fase da recria intensiva é que, em vez de utilizar ruas de trato convencionais, esta passa por dentro dos currais de engorda, com o cocho funcionando como divisor entre eles. Além disso, a estrutura inclui um barracão que cobre cerca de 50% da área dos currais e todo o piso é revestido com concreto.

Na área dos confinamentos onde não há cobertura, a Fazenda Umuarama implementou um sistema inovador de microaspersão. Semelhante a um varal suspenso sobre o confinamento, controlando a poeira e otimizando o uso desse recurso essencial. Além disso, toda a silagem produzida na fazenda é armazenada em barracões, com o intuito de reduzir as perdas e garantir maior qualidade desse insumo.

“As abordagens realizadas pela fazenda e suas instalações demonstram um compromisso com práticas sustentáveis e de bem-estar animal, contribuindo para levar ao consumidor final uma carne de ótima qualidade, respeitando o meio ambiente”, finaliza Diego Rossin, médico-veterinário e técnico do Confina Brasil.

Em 2023, o Confina Brasil tem apoio de grandes empresas e entidades do agronegócio:

São patrocinadores “Ouro”:

No patrocínio “Prata”, o apoio é da Associação Brasileira de Angus.

Na categoria montadora, a expedição conta com a parceria da Mitsubishi.

São parceiros institucionais a Embrapa Pecuária SudesteEmbrapa Agricultura Digital e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).

Quer acompanhar mais a fundo a jornada dos profissionais do Confina Brasil pelo país? Basta acessar o perfil oficial do projeto no Instagram: @confinabrasil, além do site confinabrasil.com.

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