BRASÍLIA, SEXTA-FEIRA, 2 DE FEVEREIRO DE 2024
A “vencedora”
Enquanto J&F e Paper Excellence se digladiam pela Eldorado Celulose, a maior vencedora da disputa até agora não é nenhuma das sócias. Em rodas de advogados em Brasília, o comentário é que quem mais saiu ganhando com o litígio foi a concorrente Suzano Celulose, outra gigante do setor. Nos cinco anos de briga, a Eldorado ficou impedida de tirar do papel sua nova fábrica (segunda linha de produção) em Três Lagoas (MS), cujo projeto e terraplanagem já estavam prontos. Já a Suzano teve tempo para negociar, projetar e construir uma unidade de tamanho idêntico no município vizinho, Ribas do Rio Pardo (MS). Tudo isso sem ter que disputar terras, mão de obra e espaço no mercado com a nova linha da Eldorado.
Antes da queda
Antes de ser defenestrado do cargo de diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti já havia perdido força na reestruturação da Agência concluída em dezembro. As atribuições dele foram esvaziadas e ficaram sob responsabilidade “direta e imediata” do diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa. Com a substituição de Moretti por Marco Aurélio Chaves Cepik, a diretoria-adjunta reassumirá, gradativamente, competências e atribuições.
Gulf chegou
Vazou na praça a campanha publicitária da mais nova marca de postos no Brasil, GULF, gigante americana que volta a operar no País. Objetivo da campanha é valorizar a qualidade do combustível comercializado pela GULF em seus postos. O vazamento, segundo líderes sindicais consultados pela Coluna, teria levado a Shell e a Ipiranga a investirem pesado no marketing dos seus produtos aditivados.
De saída
Caciques do Republicanos ignoraram e evitaram se posicionar publicamente sobre a operação de busca e apreensão da Polícia Federal em endereços do correligionário Carlos Bolsonaro (RJ). O vereador sempre teve rusgas com a cúpula da sigla e pioraram quando o partido assumiu o Ministério de Portos e Aeroportos. Sem clima, Carlos irá migrar para o PL. Provavelmente em março, no período da chamada “janela partidária”.
PSOL limado
Empossado no Ministério da Justiça, Ricardo Lewandowski preservou cargos do PT e do PSB, mas limou o PSOL. Candidato a deputado pelo partido, Marivaldo Pereira foi substituído na Secretaria Nacional de Acesso à Justiça por Sheila de Carvalho. O último ato de Marivaldo foi a formalização do Cursinho Popular do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2).
Governo técnico
A cúpula do PT está convencida de que não dá mais para nomear ex-deputados para cargos estratégicos. O caso mais citado é do ex-deputado Hildo Rocha, ex-secretário-executivo do Ministério das Cidades que brigou com o ministro Jader Filho, por causa de liberação de emendas, e foi demitido. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defende a volta de técnicos que trabalharam nos Governos Lula I e II, e no Governo de Dilma.
ESPLANADEIRA
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