Na noite do dia 29 de outubro, o time de futebol americano Minnesota Vikings perdeu uma das principais peças de seu elenco, o quarterback Kirk Cousins, pelo rompimento do Tendão de Aquiles direito. Com essa lesão, o jogador, que joga em uma posição fundamental no esporte, perdeu o restante da temporada, que teve fim no dia 11 de fevereiro.
Além dele, com o início da temporada brasileira de futebol, três jogadores já passaram por problemas semenlhantes, sendo um do Petrolina-PE, no dia 07 de fevereiro, um do Guarani-SP, no dia seguinte, e um do São Paulo, dia 25.
Dessas lesões, as duas primeiras foram confirmadas como rupturas e os jogadores levarão seis meses para retornar aos gramados. No caso de Luiz Gustavo, do São Paulo, o clube não informou qual era o tipo de lesão, mas estimou a volta do jogador em seis semanas.
Mais recentemente, no último dia 04, o Sassuolo, da Itália, confirmou o rompimento do Tendão de Aquiles do atacante Domenico Berardi, que perderá a disputa da Eurocopa deste ano, com seu início marcado para o dia 14 de junho.
Estes casos envolvem jogadores com idade mais “avançada” no mundo dos esportes. Isso não quer dizer que sejam velhos para a prática, mas já passaram pela fase de não conhecer os limites do próprio corpo, o que indica que a lesão não deu indícios maiores.
Segundo o Dr. Tiago Baumfeld, ortopedista especialista em pé e tornozelo, “Casos de rompimento do Tendão de Aquiles podem acometer qualquer tipo de esportista. O comum é acreditar que pessoas sem tanto preparo em momentos de mais esforço do que o suportado pelo corpo, porém, infelizmente ela é vista muitas vezes em esportes de alta intensidade e de maior impacto, como o futebol e até o futebol americano, como aconteceu com o Kirk Cousins. Inclusive, é possível ter esse problema de qualquer forma, mesmo uma pisada errada pode causar a lesão, se a região já estiver afetada”.
Tiago, que já atuou como médico do Cruzeiro, aponta que o diagnóstico da ruptura do tendão deve ser feito através de exame físico, em que o médico pode notar a falta de continuidade do tendão e testes específicos para confirmar que houve, de fato, uma lesão. Além disso, exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética, também podem ser solicitados para disponibilizar mais detalhes sobre o ocorrido e auxiliar no tratamento da melhor forma possível.
Outro ponto que chama atenção é a força do tendão em relação ao corpo. Ele faz parte da estrutura que possibilita que o ser humano consiga ficar em pé, andar, correr e outras coisas. Por conta disso, além da força citada, uma lesão, ou mesmo uma luchação, pode causar problemas muito grandes. No caso de uma ruptura, como no caso dos esportistas, o mais comum é ver tratamentos que envolvam cirurgias.
“O tratamento pode variar de acordo com o grau da ruptura e a condição física do paciente. Em casos de rupturas parciais ou em pacientes idosos e sedentários, o tratamento conservador, que inclui imobilização temporária com bota de gesso ou órtese, pode ser uma opção. No entanto, em pacientes mais jovens e ativos, assim como em rupturas completas, o tratamento cirúrgico é geralmente recomendado para restabelecer a funcionalidade completa do tendão. Após isso, a reabilitação é fundamental para o sucesso da recuperação”, complementa Baumfeld.
Seja para esportistas profissionais, ou para amadores, a prevenção é o melhor caminho para evitar que o Tendão de Aquiles tenha algum problema futuramente. Porém, como é visto no casos das lesões em jogadores, nem sempre é possível evitar, o que é motivo de extrema cautela com essa regiã do corpo.