Os receptores CB1 e CB2 modulam a dor e a inflamação; Médica explica como é a ação do medicamento
A endometriose afeta mais de 190 milhões de mulheres em todo o mundo, sendo quase oito milhões delas somente no Brasil, segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde. A estimativa é de que uma a cada 10 mulheres sofram com os sintomas da doença, embora muitas podem até desconhecer a sua existência.
A endometriose é uma doença crônica que afeta as células uterinas que, ao invés de serem expulsas durante a menstruação, se movimentam no sentido contrário e vão parar nos ovários ou na cavidade abdominal, causando dor intensa e incapacitante, já que muitas mulheres deixam de exercerem suas atividades habituais. Os sintomas mais comuns são dor durante as relações sexuais, dificuldade de engravidar — a infertilidade atinge cerca de 40% das mulheres com endometriose —, dor e sangramento ao urinar, especialmente durante a menstruação, fadiga, entre outros.
O primeiro passo para o diagnóstico é o exame ginecológico clínico, que precisa ser confirmado posteriormente por exames laboratoriais, de imagem e, por fim, pela realização de uma biópsia.
Receptores CB1 e CB2 modulam a dor
Atualmente, existem diversos tratamentos para a endometriose, desde os clínicos, com medicamentos e terapias hormonais, até os cirúrgicos. Nos últimos anos, a cannabis medicinal tem ganhado destaque como uma alternativa promissora para a dor crônica associada à doença.
“A dor é uma das principais características clínicas da endometriose, muitas vezes incapacitante, afetando na qualidade de vida das pacientes. O tratamento tradicional, muitas vezes, não é eficaz no alívio da dor pélvica crônica de longo prazo,” explica a médica Dra. Mariana Maciel, brasileira especialista em cannabis medicinal à frente da farmacêutica canadense Thronus Medical.
“Diversos estudos e pesquisas têm demonstrado a eficácia da cannabis medicinal em dores crônicas, neste caso, atuando em receptores específicos do sistema endocanabinoide, presentes em diversos tecidos, incluindo o útero e o sistema imunológico. Os receptores CB1 e CB2 são fundamentais na modulação da dor e inflamação”, continua a especialista.
Mas a cannabis medicinal não atua apenas no alívio da dor crônica da inflamação. “O uso do CBD pode diminuir casos de náuseas e vômitos, muito comuns em quadros de endometriose”, afirma a Dra. Mariana Maciel.
A médica completa enfatizando a importância de uma abordagem personalizada no tratamento. “Cada paciente responde de maneira diferente ao tratamento, por isso é fundamental ajustar a dosagem e a forma de administração conforme necessário. O CBD não produz efeitos psicoativos. Mesmo assim, só deve ser utilizado sob prescrição médica, com respeito às orientações determinadas pelo prescritor.”
Sobre a Thronus Medical
Fundada no Canadá por uma médica brasileira, a Thronus Medical é uma biofarmacêutica precursora da produção e do desenvolvimento de nanofármacos à base de cannabis medicinal. Com distribuidores na América do Norte, América Latina e Europa, a Thronus conta com tecnologia da nanomedicina exclusiva, desenvolvida para aumentar a biodisponibilidade de substâncias canabinoides pelo corpo humano, assim potencializando a absorção pelo organismo. Para alcançar esse padrão, o laboratório reduziu o tamanho das moléculas e as encapsulou em solução hidrossolúvel – processo de nanofarmacologia até então inédito.