Enfermidades podem aumentar o risco de quedas, a dependência de cuidados e a incapacidade funcional.

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A chegada da terceira idade é marcada por transformações fisiológicas que, em alguns casos, podem ser acompanhadas por síndromes geriátricas. Parte delas se relaciona com a deterioração da saúde osteomuscular, como a fragilidade, a sarcopenia e a osteoporose.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), até 50% dos idosos apresentam algum tipo de síndrome dolorosa, como problemas osteoarticulares e musculoesqueléticos. A prevalência ocorre na população acima de 65 anos que se encontra hospitalizada, na qual o percentual pode chegar a 80%.

A osteoporose é apontada pelo Ministério da Saúde como uma das principais causas de morbidade e mortalidade em idosos. De acordo com o órgão, cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens com 50 anos ou mais sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida.

A doença se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, o que deixa os ossos mais fracos e predispostos a fraturas. Dor crônica, deformidade, perda da independência e depressão são algumas das possíveis complicações.

Segundo a SBGG, a lombalgia também é associada às dores nas pessoas idosas e costuma acontecer pelo “mau uso” da coluna durante a vida. Com o passar dos anos, os sintomas ficam mais intensos. A artrite também costuma se manifestar em pessoas com mais de 65 anos. A inflamação das articulações causa dor, rigidez e inchaço.

Essas enfermidades podem acarretar o aumento do risco de quedas, fraturas ósseas, traumatismos cranianos e contusões musculares, assim como o medo de cair novamente, que pode gerar dependência de cuidados e incapacidade funcional.

O Ministério da Saúde alerta que as quedas são um problema frequente entre as pessoas idosas, mas não podem ser encaradas como “normal da idade” e, sim, como um alerta para que os cuidados com a saúde e o ambiente sejam aprimorados.

Cálcio e vitamina D ajudam na manutenção da saúde óssea

Há medidas que podem contribuir para a manutenção da saúde dos ossos, como a atenção à alimentação e a ingestão de substâncias que ajudam no fortalecimento. Uma dieta rica em cálcio evita a perda da massa óssea. O mineral pode ser encontrado em alimentos como leites e derivados, sardinha, salmão, brócolis e chia.

Já a vitamina D ajuda na absorção do cálcio e auxilia na manutenção e regeneração óssea. Segundo o Ministério da Saúde, ela pode ser adquirida por meio da alimentação, medicação e exposição ao sol, no mínimo 15 minutos, durante o início da manhã e final da tarde. A deficiência da vitamina D é uma das causas para o desenvolvimento da osteoporose

O efeito anti-inflamatório do ômega 3 também auxilia no tratamento e na melhora dos sintomas da osteoartrite, doença que resulta na degeneração da cartilagem nas articulações, conforme indica o estudo Omega-3 Fatty Acids for the Management of Osteoarthritis: A Narrative Review, desenvolvido por pesquisadores canadenses.

Exercícios trazem benefícios para os idosos

De acordo com o Ministério da Saúde, a prática regular de atividades físicas é fundamental para a manutenção da densidade mineral óssea e o tratamento da osteoporose. Os exercícios melhoram o equilíbrio, a elasticidade e a força muscular, diminuindo os riscos de quedas e fraturas.

São recomendadas caminhadas de 30 a 45 minutos, pelo menos, de três a quatro vezes por semana e, preferencialmente, à luz do dia. Idosos mais ativos se sentem menos cansados e com menos dores nas costas e nas articulações.

A SBB indica, também, atividades como natação, dança, hidroginástica, aeróbica, yoga e alongamento. Entretanto, reforça a importância de passar por uma avaliação médica para saber quais exercícios são adequados para cada quadro de saúde, assim como a  intensidade do treino.

Para melhorar o desempenho durante os exercícios, o profissional pode recomendar a suplementação da coenzima q10, que reduz o estresse oxidativo e a fadiga, melhorando o desempenho físico. A substância é produzida naturalmente, mas a produção tende a diminuir com o envelhecimento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que, além de prevenir o declínio da saúde óssea e da capacidade funcional, a atividade física pode trazer outros benefícios, como a redução da incidência da diabetes tipo 2 e de tipos de câncer, da mortalidade por doenças cardiovasculares e a melhora da saúde mental, cognitiva e do sono.

 

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