Atenção aos sintomas pode auxiliar no diagnóstico precoce
O cansaço, a fadiga e o desânimo podem ser sintomas de doenças cardiovasculares. No entanto, por serem considerados comuns, por vezes, são negligenciados. Há pesquisas que relacionam, ainda, a depressão com enfermidades no coração, alertando que pacientes cardiopatas também podem sofrer com distúrbios psiquiátricos ou neurológicos.
Segundo a presidente da Associação Americana do Coração, Corinne Jurgens, a atenção aos sintomas sutis pode ajudar a prever eventos cardiológicos agudos, evitando a necessidade de hospitalização.
Para o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce é determinante para assegurar a saúde e a qualidade de vida dos pacientes cardiovasculares. Para aqueles que desejam prevenir essas doenças, ter uma rotina saudável e adotar o consumo de fontes de ômega 3 vegetal são alternativas indicadas.
Enfermidades mais comuns
As doenças cardiovasculares se caracterizam como um grupo de enfermidades no coração e nos vasos sanguíneos que podem ser descobertas logo nos primeiros anos de vida, no caso de cardiopatias congênitas, ou surgir ao longo dos anos, como explica o Ministério da Saúde.
Entre as enfermidades mais comuns, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) cita as doenças coronariana, cerebrovascular, arterial periférica e cardíaca reumática, a cardiopatia congênita, a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar.
Ainda de acordo com a OPAS, os ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais são eventos agudos causados, principalmente, por um bloqueio que impede que o sangue flua para o coração ou cérebro.
Quando o cansaço e a fadiga são preocupantes?
Entre os sintomas das doenças cardiovasculares, os mais conhecidos são dor no peito, formigamento nos braços e suor frio. Entretanto, conforme explica a OPAS, esses não são os únicos sinais de algum problema no coração.
A organização alerta que os cardiopatas também podem apresentar dificuldades para respirar e enxergar, sensação de enjoo, tontura, palidez, dor de cabeça intensa e desmaio.
Há, ainda, sintomas sutis, como cansaço, fadiga e desânimo. A Associação Americana do Coração relata que esses sinais podem aparecer tanto em homens, quanto em mulheres.
Em entrevista à imprensa, o médico cardiologista Elcio Pires Junior explica que o cansaço excessivo é um dos principais sinais de uma cardiopatia. Já a fadiga, que geralmente aparece após a realização de alguma atividade, pode ser um indício de que o coração está fazendo um esforço maior para funcionar.
Além de estar atento aos sintomas, é importante se manter informado sobre os fatores de risco dessas enfermidades. Sedentarismo, uso do tabaco, consumo excessivo de álcool, hábitos alimentares inadequados e predisposição genética podem favorecer o surgimento de cardiopatias, conforme o Ministério da Saúde.
Pesquisas recentes revelam que quadros inflamatórios, alterações plaquetárias e excessos na produção de noradrenalina podem desencadear depressão. A Associação Paulista de Medicina (APM) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) afirmam que a doença também é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, destacando que há a presença de biomarcadores comuns entre as duas condições em pacientes afetados.
Tratamento e prevenção
O tratamento para as doenças cardiovasculares pode variar de acordo com cada paciente. A OPAS esclarece que pode ser necessário o uso de antibióticos, antifúngicos ou antivirais, além de medicamentos para combater a pressão alta, diuréticos e betabloqueadores.
Ainda de acordo com o médico cardiologista Elcio Pires, além do cuidado com as cardiopatias também é importante sanar os sintomas, como o cansaço excessivo e a fadiga. Pessoas com desânimo e falta de energia no dia a dia podem buscar apoio em um suplemento de coenzima q10, por exemplo
A substância é produzida naturalmente pelo nosso corpo, sendo considerada um cofator essencial na produção de energia e no metabolismo energético. Pessoas que não a produzem na quantidade correta para o funcionamento do organismo podem fazer a suplementação.
Para prevenir as doenças cardíacas, o Ministério da Saúde recomenda se atentar aos fatores de risco e evitar hábitos que não sejam saudáveis. As pessoas com predisposição genética devem manter na rotina o acompanhamento médico para a realização de exames capazes de identificar precocemente a presença de cardiopatias.