Veja os sintomas que podem indicar a necessidade de avaliações clínica e laboratorial
Entretanto, 78,6% dos adultos residentes nas capitais do país não consomem a quantidade mínima de frutas, verduras e legumes recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 400g por dia, por pessoa.
O dado é da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2023, pelo Ministério da Saúde. A conclusão é que o brasileiro precisa reforçar a ingestão desses alimentos. No entanto, nem sempre todo mundo sabe quando o organismo carece de nutrientes.
De acordo com os órgãos de saúde, o corpo dá sinais. São vários os sintomas que podem se manifestar quando há falta de micronutrientes, vitaminas e minerais, como fraqueza muscular, dores ósseas e dentais, palidez e unhas fracas. Além disso, pode haver redução de disposição física, energia, capacidade mental e clareza de pensamentos.
A palidez, seguida de cansaço, é um dos indicativos da deficiência de ferro e, em casos mais graves, causa anemia. Já a fraqueza muscular sem causa definida pode ocorrer pela falta de cálcio, que é um mineral de extrema importância para a saúde óssea e dental.
Pessoas que sofrem com baixa imunidade frequente costumam ter carência de vitamina C, necessária para o funcionamento do sistema imunológico devido às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
O que fazer ao notar algum desses sintomas?
Caso sejam percebidos sintomas, é preciso procurar um médico ou nutricionista para obter o diagnóstico correto, feito por meio de avaliações clínica e laboratorial. O profissional da saúde irá analisar o histórico alimentar e solicitar exames de sangue específicos para verificar os níveis de nutrientes no organismo.
A partir dos resultados, é possível identificar a existência de alguma deficiência e qual é o tipo de tratamento adequado, que pode incluir mudanças na alimentação, educação nutricional e a prescrição de suplementos como vitamina C, ferro, cálcio, vitamina D e os melhores ômega 3 para cada caso.
A Fiocruz alerta que tanto a carência, quanto o excesso de nutrientes pode causar doenças cardíacas, obesidade, gengivite, desnutrição, diabetes e hipertensão. Por isso, é importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação.
Alimentação equilibrada previne déficit de nutrientes
A alimentação baseada na combinação de diferentes alimentos in natura e minimamente processados fornece o que o organismo precisa em termos de vitaminas, minerais, fibras e outros nutrientes, conforme o Ministério da Saúde.
Segundo a Fiocruz, uma boa alimentação auxilia na manutenção da saúde, na prevenção e no tratamento de doenças, no desempenho da atividade física esportiva, no controle do peso, nos estados de alergias e intolerâncias alimentares e na redução de fatores de risco para doenças crônicas.
É possível prevenir e reverter a deficiência de cálcio, por exemplo, com a ingestão de leite, queijos, iogurtes, couve, gergelim e tofu. Já a vitamina A pode ser encontrada em alimentos como abóbora, pimentões, cenoura, vegetais verde-escuros ou damascos secos. De acordo com o Ministério da Saúde, a vitamina C está presente em diversos alimentos disponíveis na nossa cultura, como laranja, goiaba, caju, acerola, couve e brócolis.
O magnésio, mineral necessário para a formação de ossos e dentes, pode ser encontrado em alimentos como nozes, sementes, grãos integrais, feijão, verduras folhosas, leite, iogurte e alimentos fortificados. Para sua rápida absorção, ele também pode ser suplementado, com orientação médica, através do magnésio quelato.
O Ministério da Saúde afirma que é possível entender que, nem sempre, a insegurança alimentar e nutricional refere-se à falta de comida na mesa, mas também é sobre o tipo de comida que ali está. Isso fica ainda mais evidente quando a população brasileira passa por mudanças sociais que interferem no consumo alimentar, sendo a vulnerabilidade social um fator de risco para uma alimentação não saudável.