No dia 25 de setembro é celebrado o Dia Internacional do Farmacêutico, uma data que visa destacar a importância desse profissional na promoção da saúde e no cuidado com a população. Muito além das drogarias, a farmácia exerce um papel essencial em diferentes áreas, contribuindo diretamente para o bem-estar da sociedade. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o Brasil conta com cerca de 230 mil farmacêuticos, atuando em mais de 135 especialidades. A relevância dessa profissão mostrou-se ainda mais evidente com o suporte na produção de medicamentos, vacinas e na garantia de tratamentos adequados.

Álvaro Paulo Souza, professor de farmácia da Estácio e mestre em ciências biológicas, ressalta que o farmacêutico vai muito além do balcão da farmácia. Ele é peça fundamental em laboratórios de pesquisa, indústrias farmacêuticas, hospitais, clínicas e também na área de cosméticos e alimentos. “A multidisciplinaridade dessa profissão amplia as possibilidades de cuidado com a saúde de forma integral”, relata.

Entre as principais áreas de atuação do farmacêutico estão a farmácia clínica, que envolve o acompanhamento de pacientes no uso correto de medicamentos, a farmácia hospitalar, voltada para a gestão e distribuição de medicamentos em hospitais, e a farmácia industrial, que se concentra na produção e controle de qualidade de fármacos. Outros campos de destaque incluem a biotecnologia, manipulação magistral, perícia criminal, gestão de saúde pública e vigilância sanitária.

Segundo o Conselho Internacional de Farmacêuticos (FIP), a profissão tem se adaptado para atender às demandas da sociedade moderna, como o surgimento de terapias inovadoras e personalizadas, a prática da telemedicina e o desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos.

Os farmacêuticos são profissionais dinâmicos, prontos para se adaptar às mudanças que ocorrem no mundo da saúde. Recentemente, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) aprovou a prescrição de contraceptivos hormonais por nos farmacêuticos, um avanço significativo que fortalece o papel do profissional na atenção à saúde e traz mais autonomia ao paciente. “Essa nova possibilidade demonstra como os farmacêuticos estão se reinventando e ampliando suas funções, sempre em busca do melhor para a comunidade”, comenta.

Álvaro Paulo Souza ainda complementa que o farmacêutico é muitas vezes o primeiro ponto de contato do paciente com o sistema de saúde, principalmente em áreas de difícil acesso. “A orientação correta sobre o uso de medicamentos, assim como a identificação de reações adversas, é fundamental para evitar complicações e garantir o sucesso do tratamento”, justifica o docente.

Um levantamento feito pela FIP em 2023 apontou que, globalmente, 74% dos farmacêuticos estão envolvidos em atividades relacionadas à saúde pública, como vacinação e campanhas de conscientização. No Brasil, dados do CFF indicam que mais de 90% das farmácias oferecem serviços clínicos, como aferição de pressão, controle glicêmico e orientação sobre o uso correto de medicamentos.

Com o envelhecimento da população e o aumento de doenças crônicas, a demanda por farmacêuticos em hospitais e centros de saúde também cresceu. “A profissão tem sido desenvolvida para atender às necessidades da população e acompanhar o desenvolvimento tecnológico. O uso de medicamentos biotecnológicos e a atenção farmacêutica personalizada são exemplos do avanço da área nos últimos anos”, afirma Álvaro.

A Importância da Conscientização

A conscientização sobre o papel do farmacêutico na sociedade é vital para que as pessoas reconheçam a importância desse profissional no cuidado com a saúde. Durante a pandemia de COVID-19, os farmacêuticos desempenharam um papel fundamental na divulgação de informações corretas sobre vacinas, medicamentos e cuidados preventivos, além de estarem na linha de frente no combate à desinformação.

O Dia Internacional do Farmacêutico é um momento de reconhecimento para todos aqueles que dedicam suas vidas à promoção da saúde e ao bem-estar da forma científica e humanizada. “É um momento de reflexão sobre a importância da educação continuada para esses profissionais, que precisam estar sempre atualizados em relação às novas descobertas e terapias”, finaliza.

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