Enfermeira explica o que é a condição que ficou conhecida após o jornalista Evaristo Costa compartilhar sobre a doença rara nas redes sociais
Giovanna Toledo contou à apresentadora Mariana Kupfer, apresentadora Mariana Kupfer no programa AMAR, em parceria com Materna, a newsletter e editoria de Universa, como tem sido o enfrentamento da doença pela sua filha, Filippa, de apenas 10 meses.
“Ela não tem quase dias que não está no hospital em consulta ou fazendo exame. Todas as vezes que ela precisou ir para o centro cirúrgico, ela saiu rindo, brincando, toma café com as enfermeiras, vai para o colo de todo mundo. Ela está sempre levando numa boa tudo isso”, relatou Giovana.
No último ano, a doença ganhou destaque após o jornalista e apresentador Evaristo Costa, de 48 anos, compartilhar com os seguidores a luta que enfrenta diariamente com a condição.
Recentemente, em entrevista ao PodCringe, da Record TV, ele contou que perdeu cerca de 22 quilos em apenas três semanas. “Eu me sinto definido. Perco meio quilo por dia. Posso comer qualquer coisa, mas não para dentro de mim.”
De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, mais de 5 milhões de pessoas no mundo convivem com doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como a Crohn, condição crônica que provoca inflamação recorrente no sistema digestivo, intercalada com períodos de remissão.
A enfermeira Andrezza Barreto, explica que a doença autoimune pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, sendo mais comum no final do intestino delgado e no cólon.
Os sintomas são variados e incluem dor abdominal, diarreia crônica, fadiga, perda de peso, febre e sangramento retal. “A doença pode acarretar diversas complicações, como infecções do trato urinário, formação de cálculos renais e biliares, e estreitamento do intestino”, complementa.
O diagnóstico das DIIs envolve uma análise minuciosa do histórico clínico do paciente e a realização de exames especializados, como endoscopia e colonoscopia.
Ainda que não tenha cura definitiva, o tratamento busca controlar o processo inflamatório. Isto envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir medicamentos para reduzir a inflamação, suplementação nutricional e, em alguns casos, cirurgia.
Andrezza destaca que pacientes que não têm sua condição bem gerida podem enfrentar complicações graves, como formação de feridas no intestino e obstruções.
Para aqueles que necessitam de cuidado extra, como o uso da Bolsa de Ostomia, existem várias opções de dispositivos que podem melhorar a qualidade de vida dos ostomizados. “O Gelificador, por exemplo, é um produto que aromatiza e absorve líquidos na bolsa, evitando vazamentos e facilitando a higiene”, explica a enfermeira.
Além do tratamento médico, manter um estilo de vida saudável, com exercícios regulares e controle do estresse, é essencial para tratar os sintomas e prevenir as crises.
Andrezza ressalta: Viver com uma condição crônica é desafiador, exige ajustes no estilo de vida e algumas adaptações na rotina, mas, com o tratamento correto e as tecnologias disponíveis, é totalmente possível manter uma boa qualidade de vida.
A luta pessoal da pequena Filippa e do jornalista Evaristo destacam a importância da conscientização sobre a doença de Crohn e da necessidade de suporte contínuo para todos que convivem com essa condição.