Os voos sobre o território inimigo simulado são os mais complexos no contexto do exercício que acontece na Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte

Destruir, interromper ou limitar a aviação militar inimiga: esses são os objetivos da contraposição aérea ofensiva (do inglês, Offensive Counterair, OCA), uma das tarefas da força aérea na qual o F-39E Gripen está sendo empregado durante a Cruzex 2024.

Durante a OCA, uma formação de Gripen é responsável por executar a missão de varredura, onde o Gripen abre caminho a fim de neutralizar os caças inimigos para que a força aliada atacante possa cumprir a sua missão de forma segura.

“Estamos lidando com diversos tipos de aeronaves e tecnologias, enfrentando pilotos com variadas experiências que atuam tanto a favor quanto contra nós no cenário simulado do treinamento. Em quase todos os voos na Cruzex, estamos inseridos no contexto das chamadas missões aéreas compostas (do inglês, Composite Air Operations, COMAO), em que dezenas de aeronaves de diferentes nacionalidades cumprem missões distintas em um mesmo local, como forma de saturar as defesas inimigas, aumentando a segurança dos envolvidos”, explicou o Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas, comandante do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA).

A Cruzex 2024 segue uma doutrina muito semelhante àquela aplicada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que está alinhada com os mais recentes ensinamentos obtidos nos últimos conflitos. Nesse contexto de modernidade, a participação do F-39E Gripen é fundamental para treinar os pilotos do 1º GDA e dos demais esquadrões, uma vez que o caça representa a ponta da lança em termos de sistemas eletrônicos embarcados, como o radar, o datalink e a guerra eletrônica, além do desempenho de um avião da classe 9G.

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